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A REDE SOCIOASSISTENCIAL DO DISTRITO DE PERUS é composta por um agrupamento de diferentes instâncias com objetivos comuns de: estimular a comunidade de Perus a tornar-se um sujeito de ações cidadãs minimizando o grau de vulnerabilidade local. Somos articuladores, mediadores e multiplicadores, na medida em que detectamos, analisamos e encaminhamos as ações propostas para os recursos disponíveis articulados por representações da rede privada e pública nas áreas: social, saúde, educação, meio ambiente, cultura, esporte e lazer, subprefeitura entre outras.

26 de jun. de 2014

Ata Reunião de Maio 2014



Ata da reunião realizada em 28/05/2014, no CCM, Centro de Cidadania da Mulher de Perus, sob a coordenação da Márcia R. Victoriano, CCM, e Thaís Susana Canela da Silva, EMEF Recanto dos Humildes. A reunião teve seu início com a apresentação de todos os  presentes. Após as apresentações foi realizada a leitura da ata da reunião do mês de abril.  Em seguida Márcia falou que encaminhou o convite da reunião para vários segmentos, porém,  alguns, infelizmente, não estavam presentes.  Os representantes do SEAS (Instituição que atua com população de rua, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social  - SMADS), falaram de sua intervenção com os moradores em situação de rua no bairro de Perus. Relataram que suas intervenções são realizadas para estabelecer vínculo, com o intuito de convencê-los a aceitar atendimento médico, social, psicológico, jurídico... As abordagens podem ser realizadas a partir de solicitações pelo telefone 156. A equipe do SEAS atua na região norte da nossa cidade  há uns 3 anos e que estão acompanhando os moradores em situação de rua que ficam em frente ao CCM - Perus, pelo menos há dois. Disseram que conhecem Luciana, que está em situação de rua, e que a mesma está gestante e se recusa ir ao médico para realizar o pré-natal. Além deste agravante Luciana tem 5 filhos, que não estão com ela, e que ela tem grande preocupação em se afastar de seu atual companheiro, Renan, ambos usuários de entorpecentes. Além do casal citado também moram no mesmo espaço Roseli e Marquinhos, que usam drogas há pelo menos 15 anos, que aceitariam tratamento (internação), mas com a condição de ficarem juntos durante a realização do mesmo, o que não é possível. Douglas, ex morador de Caieiras, de 23 anos,  também vive no mesmo espaço. Em meio a tantas informações, sabe-se de concreto que, Luciana e Roseli, são irmãs, e que um irmão, também usuário de drogas, faleceu. Elas tem pai, o qual atualmente é casado e reside no Morro Doce e estabelece contato frequente com as filhas, porém sua atual esposa não aceita este contato deixando o pai de mão atadas para acolher as filhas em sua casa. Douglas já foi no CRATOD (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), porém como demorou para ser atendido, desistiu. William (SEAS) considera a história de vida de cada um e compreende nesses anos que realiza este trabalho com as pessoas em situação de rua o quanto eles se sentem pertencentes e aceitos como são pelo grupo. Além de muitas orientações e encaminhamentos realizados por William e Fabíola, eles também encontram muita resistência em aceitar ajuda e retirar novos documentos, preocupados em que seja descoberto com algum tipo de pendência com a lei. Iva (Recomeço Família)falou das intervenções e parcerias com o Governo do Estado, em que o programa ao qual ela faz parte estará contratando as pessoas reabilitadas. Durante a reunião várias questões foram apontadas, mas em comum, diferentes segmentos concordam que há inúmeros entraves para a resolução do problema em questão. Sonia Maria (da Supervisão de Saúde de Pirituba/Perus) explicou que algumas UBS's tem estratégias da família e outras com servidores efetivos  e que com a criação das AMAS e com os PSF os postos próprios ficaram sucateados. As UBS próprias é onde estão os especialistas, eles atendem as demandas encaminhadas pelos PSF's inclusive. A UBS Perus seria a responsável pelo atendimento dos moradores em situação de rua de frente ao CCM, porém não tem equipe de saúde da família e  na situação em que se encontram, de drogradição, devem ser encaminhados para o CAPS, o que eles não aceitam. Sonia coloca também que nesta situação é necessário um envolvimento de outros órgãos: CRAS, CREAS, SUBPREFEITURA, HABITAÇÃO... para que o trabalho em Rede seja efetivo. Disse que a Supervisão Pirituba/Perus será descentralizada, ficando mais próximo da população. Foi solicitado APD (Acompanhante de pessoas com deficiência) e um CAPS - AD III para Perus encaminhados para SMS, previstos para 2016. Lembrando que o CAPS Infantil II em Perus demorou 06 anos para sair e ainda hoje tem um quadro incompleto. A Casa Viva, ambulatório de saúde mental  não tem mais psiquiatras. Falam de concurso público com preferência para nomeação nos bairros Pirituba/Perus, pois estas unidades estão sem médicos. Já foi solicitado um CAPS Infantil II para Pirituba, aliviando assim o de Perus, mas está em andamento. Kátia (UBS Perus) relata que é possível fazer um encaminhamento para que Luciana (a gestante) faça o pré-natal na UBS Perus mas que é necessário a que ela compareça na unidade. O parto dela, porém, necessariamente, por ser de risco, deverá ser feito no Hospital Cachoeirinha.  Foi discutida a questão da investigação da  ficha criminal de Luciana por causa da dependência de drogas no momento do parto, porque o Hospital não lhe entregará a criança.  William (SEAS) disse que as pessoas que estão em situação de rua, algumas delas, tem um cadastro no SIS-RUA. Márcia (CCM) coloca a importância da articulação da subprefeitura com a rede nas ações com esse caso e que esta  se posicionou como tendo feito o que lhe cabe neste momento: limpar e retirar os moradores. A limpeza do local é importante mas retirá-los para outro lugar demanda um plano de ação conjunto com outros órgãos, para não se repetir a mesma situação em outro lugar. Daniela, perguntada sobre a ação do NASF , coloca que este só dá apoio no que é encaminhado para ele pelas equipes de ESF e como não há equipe para esse grupo, não há como acompanhar.  Foi colocada a questão da internação para tratamento, o que eles não aceitam. No entanto, foi colocado que se a internação fosse aceita, seria de curto prazo  e que depois, sem um acompanhamento da “REDE” não há muitas garantias de que eles não voltem para a rua e uso de drogas. Marcia coloca que seria importante saber quais serviços ou entidades da Rede teriam uma ação numa possível pós-internação. Seria o CREAS, o CAPS, outros? Como proceder para dar continuidade à atenção ao dependente e sua família após uma internação? Angela (NAR-ANON), falou como é o programa ... o NAR-ANON é um programa cujo único propósito é ajudar os familiares  a se recuperar emocionalmente dos prejuízos pelo uso de drogas de um ente querido, o programa focaliza a família do dependente independente da causa inicial. Dizendo ainda que a família fica co-dependente, ficam perdidas quando tem adicto na família. Trabalha com ex dependentes, psicólogos... O grupo Recomeço Família tem um grupo “Amor Exigente”. Jandira (do  Núcleo dos Direitos Humanos da Subprefeitura de Perus) falou que se sabe das cenas de uso de drogas em frente ao CCM, porém reafirmou que o que a Subprefeitura pode fazer no momento é limpar o local.  Wilson (GCM) falou que existem vários programas na GCM e tem o papel de orientador, dependendo de outros serviços, e que ao constar o RG do abordado o que pode fazer é levá-lo ao Hospital ou Delegacia, ressaltando ainda, que cabe a Polícia Civil abordar o tráfico de drogas na região. O senhor Wilson falou do contingente que não foi renovado e que a Prefeitura está há 8 anos sem contratar, com isso a guarda envelheceu e a quantidade é insuficiente para atender a demanda do bairro. Acrescenta ainda que foram contratados por concurso 2000 novos guardas, mas que ainda estão passando por treinamento e que no momento em que estava ali participando da reunião do RESAPE, a GCM estava trabalhando na proteção de invasão de terras no bairro, sendo também como prioridade as rondas nas escolas municipais e a questão ambiental. Márcia e Rosilene(CCM) voltou a ressaltar que as mulheres que utilizam o serviço ficam com medo de participar  por causa dessa situação, não só por causa dos moradores, que são conhecidos, mas por causa das pessoas estranhas que todos os dias passam pela entrada do serviço para consumo ou compra e venda de drogas e é essa situação que as preocupam. Já foi falado pelos próprios moradores de relações de alguns deles com o PCC.  Como se trata de questão complexa e que, neste momento, não é a Subprefeitura a articuladora deste problema, por isso Marcia recoloca  para a Rede, o que mais pode-se fazer, além do que já está sendo feito.  Jandira (SUB) falou do "Caramachão Cultural", evento para o uso da fábrica de cimento e que devido ao evento conversaram com as pessoas que estão em frente ao CCM e os mesmos falaram que sairiam, pois no local será feito grafite, porém depois do evento pretendem voltar, porque não tem para onde ir. Fabíola e William (SEAS) estão levando as pessoas em situação de rua para tirar os documentos, em Pinheiros, " Programa SAM", tentando fortalecer vínculos, lembrando que por intermédio deles várias pessoas já foram internadas no CRATOD.  William e Fabíola também receberam as sugestões dos membros da ReDE  de convencerem os moradores a freqüentar a Unidade Básica sem receio ; de oferecer o trabalho do NAR-ANON ou outro similar para a família deles no território do Morro Doce e também de consultá-los a permitir que a Defensoria, aqui representada por Bárbara, Assistente Social, possa fazer  uma consulta informal sobre possíveis processos que eles estejam respondendo. Na reunião de hoje foi criada uma comissão que ficará responsável de se reunir para ver novas ações com os moradores de rua e usuários de drogas que se encontra em frente ao CCM. Fazem parte da comissão: Ivã (Recomeço Família) Mel (Igreja) , Jandira(Subprefeitura), SEAS (William e Fabíola), Rose (Psicóloga). Foi falado do acesso ao estatuto da rede pela internet: redeperus@blogspot.com, ficou acordada a próxima reunião para 25/06, as 9:00h no Centro Pastoral Santa Fé, km 27 da Rodovia Anhanguera, reunião conjunta com a rede Anhanguera.

 

Informes

-  Encontro no CCM: Mulheres opinam nas políticas públicas da região, dia 05/06/2014 - 13:30 - 16:30h. A fim de criar uma representação das mulheres da região em um grande conselho que a PMSP vai criar.

-  Sábado, 31/05, vai ter ações e atividades cultural pelo bairro das 10:00 - 22:00h  "Caramanchão Cultural".

-  NCI (Núcleo de Convivência de Idosos) em parceria com Casa Branca (clínica de exames), pretende atender mulheres acima de 65 anos para realização de Densitometria Óssea, interessados ligar  para Rose - 39186566.


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